quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Uma história de 4 - Apresentação


Esta, é uma história desventurada. Aconteceu com 4 amigos que merecendo ou não, foram as vítimas. Mas antes de contá-la a vocês, eles merecem ser apresentados.

Um, não tem nada a ver com o outro. São completamente diferentes. E mesmo assim, inseparáveis. Se conheceram na faculdade e algo os uniu. O ódio pelo curso. O mais engraçado, é que queriam ser jornalistas. Sempre quiseram. Mas foi só degustarem a primeira semana de aula, perceberam que aquilo não os completavam. Mas estarem juntos, já bastava, era o suficiente para irem àquele lugar.

Alice e Ashley se conheceram primeiro. No dia do vestibular sentaram uma ao lado da outra. Ashley duvidou que Alice passaria, pois esta estava incrivelmente desesperada ao ponte de perguntar aos concorrentes nomes, e datas que havia esquecido. Mas Ashley estava enganada. Alice era um poço de inteligência, só não achava isso. Era simpatizante do anarquismo, vegetariana e se dizia Straight edge. Movia-se por ideais, bem, isso inicialmente. Era bonita, mas não sabia disso. "Garota estranha" pensava Ashley.

Mas Ashley não era tão normal assim. Era incrivelmente, estupidamente e incessantemente, neurótica. Tudo tinha que ser, como devia ser. Por ser assim, era a "Mãe" do grupo. A ordem é necessária, não é mesmo? Ria demais. Ria tanto, que desconfiavam que ela via duendes. Tinha uma beleza particular. Nunca estava sozinha, mas não sabia lidar muito bem com relacionamentos. Eles sempre acabavam mal.

Na primeira semana de aula conheceram Jack. A primeira vista Jack viu Ashley e pensou, "Que garota estúpida". Era gay, mas Ashley demorou um pouco para descobrir isso. Tinha Madonna como diva maior, e a música pop mandava no seu ipod. Odiava todo o mundo, ou talvez, o mundo não o entendia. Era engraçado. Seus comentários sempre eram seguidos por risadas. Adorava dançar "Music" nos corredores da faculdade.

Frederic, foi o último a entrar para o grupo. Já o conheciam, mas o achavam antipático. CDF demais. Passou em primeiro lugar no curso e parecia que vivia em uma bolha. Freud, Marx, Marshall Berman entre outros o rodeavam. Talvez fosse a pilha de livros que o escondia. Era fresco, fresco demais. O que facilmente nos levava a uma conclusão: gay. Mas ninguém o conhecia de verdade. Aos poucos, foi se tornando fácil perceber, que Frederic só queria que o descobrissem, só queria ser parte de alguma coisa. Era uma ótima pessoa, engraçada e com objetivos.

Mas como já foi dito, esse grupo passará por poucas e boas. Obra do destino? Talvez. Castigo de Deus? Quem sabe. Não percam essa história, pois de uma coisa estamos certos: as melhores coisas são feitas de 4.


3 comentários:

  1. as melhores coisas são feitas de quatro HAHA

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  2. ai, amiga, tô tão emocionada com esse texto. tava precisando ler isso pra me lembrar de fato que não to sozinha. ainda bem que eu tenho vocês. sem vocês, não sei o que seria. as melhores coisas são feitas de 4. (Y)

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  3. Ai, que liiiiiiindo Ana!!! Fiquei emocionado com o texto também. É tão bom sempre pensar que tenho a sorte de ter amigos como vocês! E pelo menos isso de quatro eu tenho todos os dias do ano hahaha!

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