sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Ano Novo

Na verdade não é fácil olhar para trás e ver tudo o que ficou jogado no chão. Amores, amigos, músicas, momentos e até mesmo sorrisos. A vida é assim. Não se pode levar tudo até o fim. Vamos andando e levando conosco apenas o necessário. Se certas coisas eu deixei para trás, foi porque já não me alimentavam mais. Se amores ficaram, na verdade não eram amores. Se amigos eu deixei, na verdade nunca os tive. Vamos aprendendo a dar valor no que nos faz bem e se coisas ou pessoas ficaram para trás elas realmente estavam sendo um fardo. Não posso negar que com elas aprendi, dei sorrisos e fui feliz, mas de alguma forma não foram o suficiente para mim. Não que eu exija demais. Elas simplesmente não suportaram ser exigidas. Um sinal de que deixá-las seria a coisa certa a fazer. Não pense que me sinto bem deixando o que já fez parte de mim, mas chega um momento em que é preciso seguir em frente. Seguir sem dor. Ou pelo menos tentar.
"Os seres humanos me assombram" - Morte em: A menina que Roubava Livros

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Amizade Colorida


Não é fácil olhar para você e lembrar que tudo começou como uma grande brincadeira. Éramos dois dominados pela loucura. Idiotice acreditar que estaríamos no controle. Dois grandes amigos sozinhos e desimpedidos querendo apenas: sexo. Nunca imaginei que você fosse boa nisso. Sério. Eu olhava para você e via a minha irmã. Impossível ter alguma coisa mais forte com você. Mas você apareceu aqui em casa para enchermos a cara. E não sei, acho que foi aquela saia. Quando vi, já tínhamos deixado as roupas na sala e estávamos na mesa da cozinha. Eu mordendo seu pescoço e deixando você cheia de hematomas e você arranhando as minhas costas e gemendo cada vez mais alto. Nossa como você estava quente. Naquele momento eu só pensava em como eu não tinha olhado para você antes. Foi então que concordamos em sexo sem compromisso. Na verdade, eu só concordei com essa brincadeira porque eu havia me viciado em você. Mas a verdade é que eu não queria você só por me satisfazer de vez em quando, eu queria você sempre. Eu queria e quero. Essa brincadeira já virou tortura. Eu quero você toda para mim. Garota, como fazer para te ter?

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Poupando estardalhaço



Já experimentou oferecer doce a uma criança e depois negar? Já viu como ela fica? É como se ela visse a melhor coisa do mundo na sua frente e depois essa coisa sumisse. Puft. Do nada. Dói sabe. É uma alegria que vem, mas é arrastada por uma enxurrada e levada para longe. Como se nunca mais fosse voltar. É felicidade roubada. É ver o caminhão de entrega chegar com uma bicicleta mega moderda e descobrir que é para seu vizinho. Para você "adulto", é coito interrompido. É achar uma nota de 100 na rua e perceber que ela é falsa. É ter um harém, mas poder dormir só com uma. É larica não consumada. É receber a notícia que foi promovido e descobrir que era primeiro de abril. É abrir a geladeira esperando comer aquele pedaço de pizza que você deixou para hoje e ver que o seu irmão traçou ela primeiro. É ganhar na mega e descobrir que corrigiu errado. É entregar o seu coração e ter como retorno o vazio. O vácuo. O nada.

E foi isso o que você me fez.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Amor Platonicus



Paixões platônicas não me satisfazem.
Essa paixão platônica não me satisfaz. Não sasseia a minha sede e muito menos a minha fome de você. Garoto, não é fácil olhar para você e apenas imaginar o que poderíamos ser ou ter sido um dia. O seu cheiro me embriaga, a sua voz me enlouquece e o seu olhar cruzando com o meu me desmorona. Eu quero mais. Eu quero mais do que apenas te olhar. Eu quero mais do que apenas imaginar você. Eu quero te tocar, mas com o toque de prazer. Quero te beijar. Entrelaçar minhas pernas na sua cintura e apreciar suas mordidas em meu pescoço. Eu quero escutar sua respiração no meu ouvido. Eu quero ter você. Definitivamente, quero-te mais mais do que qualquer outra coisa.
Mas lá vem você pelo corredor. Olha para mim. Sorri. Diz "oi" e vai embora. E comigo fica apenas o sorriso bobo de alguém que desejaria mais.
Paixões platônicas me irritam. Não me satisfazem e muito menos me mantêm sã.
Garoto, estou perdendo o controle.

domingo, 16 de outubro de 2011

Sabrina




Ela sabia como mexer com a cabeça de um homem. Tudo por prazer e diversão. Passava por eles com o ar de quem não queria nada, deixando para trás apenas o rastro de suas pernas e a imagem dos queixos caídos. Isso era só o começo. Ela voltava. Com a mesma impetuosidade agora entrava em ação o que ela tinha de melhor: o seu olhar. Os olhos de Sabrina eram olhos de gueixa. Seus olhos conseguiam fazer o mundo cair aos seus pés e chorar por seu carinho. Conseguiam hipnitizar o maior mágico de todos os tempos e amaciar o mais duro coração. Sabrina tinha a qualquer hora quem quisesse. Era quase divina, se não o era.




Mas um dia cansou. Olhou-se no espelho e sentiu falta. Sentiu a falta de lutar por alguma coisa, por alguém. Queria sentir o gosto do desprezo, da ingratidão e do desamor. Queria chorar por amor, sofrer por amor e até morrer por ele. Acharam que ela havia enlouquecido. Quem quer ser negado? Quem quer ser maltradado? Quem quer ter o coração destruído? Ninguém entendia Sabrina. Mas o que todos não sabiam, é que ela queria apenas se sentir mais humana. Queria ter o drama e a comédia em sua vida e poder gritar aos quatro cantos do mundo que enfim, ela sentia o prazer da dor.




Enquanto muitos estão lutando pelo descanso, Sabrina ainda luta pelo desassossego.


Ninguém entende Sabrina.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Silêncio


Por favor, não me dê o seu silêncio. Ele dói. Arranha. Prefiro seus gritos, sua crises e suas repetidas frases dizendo que nada aconteceu. Você fica lindo quando está descontrolado e com raiva. Confesso que às vezes te provoco só para te ver assim. Você começa a morder o canto dos lábios e a passar a mão no cabelo freneticamente e isso me excita.
Por favor, eu não quero o seu silêncio de ausência. Incomoda. Traz aquele vazio que eu tanto lutei tentando afastar de mim. Quero você do meu lado. Quero poder escutar sua respiração lenta ao meu ouvido. Quero poder escutar a sua respiração acelerada. Quero te escutar. Ouvir seus elogios, seus lamentos, suas histórias e suas piadas sem graça. E poder rir delas só para te agradar. E rir com você. Escutar a sua risada. Ela me acalma e prova que você está ai.
Mas eu sei que tudo o que eu tenho vai embora um dia. Menino, que você não vá em silêncio. Desejo que a sua voz passe a me irritar, que a sua pele passe a me arranhar e que o seu sorriso passe a me incomodar. Que as suas palavras se tornem ofensas, que o seu respirar fique distante e que o seu olhar perca o brilho. Por que sabe garoto, o vazio, o seu simples silêncio momentâneo me enlouquece. Imagine pela vida toda. Vá, mas faça barulho.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

hiding my heart away

Foi assim que aconteceu. Eu conheci alguém por acidente e isso me surpreendeu. Foi o mais sombrio dos meus dias, quando você tomou minha tristeza e levou a minha dor. E as enterrou. Você as enterrou. E eu gostaria de poder deitar ao seu lado quando o dia acabasse,e acordar com o seu rosto sob o sol da manhã. Mas como tudo o que eu já conheci, você vai embora um dia. Então vou passar a minha vida inteira escondendo o meu coração. Te deixei na estação de trem e te dei um beijo na testa, eu vi você acenando. Depois fui para casa, para os meus arranha-céus, luzes de néon e papéis à espera. Que eu chamo de casa.

Eu acordei sentindo o coração pesado. Vou voltar para onde eu comecei.


Adele*


* A Official Charts Company, anunciou que a Adele é a primeira artista a alcançar, ainda viva, uma canção e um álbum como número um ao mesmo tempo na Inglaterra desde Os Beatles em 1964.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Des ligar



Hoje decidi fazer um limpa no meu armário. Acho que por acomodação, ou dependência, não sei, mas a sujeira estava grande. Dividi o que eu jogaria fora e o que eu te devolveria. Joguei todos os seus beijos na lixeira. Eles eram tantos e ocupavam muito espaço. Pensei em guardar o primeiro como lembrança, mas ele ocupava o lugar de outros cinco juntos. Joguei fora suas promessas. Muitas estavam vazias, e as outras estragadas. Acho que consertá-las seria perda de tempo, erro de fábrica acredito. Os seus "Te amarei para sempre" também foram embora. Nunca gostei quando você dizia "para sempre". Para sempre é tempo demais garoto, e já que as outras promessas também mandei embora, com o utópico "para sempre" não seria diferente.






Devolverei suas mentiras. Elas fazem mal para mim. Doem. Um dia foram verdades que eu inocente quis acreditar. Tola. Acho que fará bom uso delas, já que são sempre as mesmas. Pegue de volta aquelas músicas que você apresentou para mim. Não saem da minha cabeça. Elas estão me atormentando. Ah, não esqueça das nossas fotos. Pode levar. Não as quero, e também não as jogarei fora. Fotos não foram feitas para isso. E por último, por favor, leve aquele rosto. Aquele que você só fazia quando olhava para mim. Ele não me serve mais. Talvez possa ser mais útil para você.






Ah e um conselho. Nunca dê tanta coisa assim para quem você diz amar. Ela provavelmente um dia terá que fazer uma limpeza. E sabe, isso exige trabalho.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Ironia

Ela sempre assistia a vida de camarote. Não que a vida não fosse sua, mas ela simplesmente achava que aquilo tudo era uma brincadeira de muito mal gosto. As vezes fingia que a controlava. Era como num jogo de cartas, a vida com aquela carta escondida na manga, e a menina jogava fingindo que a vitória seria sua.

Quando deixou de acreditar que podia estar no controle? Tinha 8 anos. Pediu ao Papai Noel que sua mãe voltasse a andar. Acordou no dia seguinte e nada aconteceu. Foi então que seu pai disse, "filha, é a vida". Essa tal de Vida achava que era quem? Será que ela não via que a mamãe estava triste? Vida má.Quem sabe com uma carta, poderia conversar com ela e tudo estaria resolvido?

Início da transcrição

Olá Vida,

Desculpe estar te atrapalhando. Papai disse que você é muito ocupada. São muitas pessoas para tomar conta não é mesmo? Papai Noel te passou o recado? Sei que trabalham juntos...é que o meu pedido não chegou. Fiz todas as minhas tarefas do ano, não respondi a professora e não briguei com minha irmã. Quer dizer, foram algumas vezes, mas a culpa era dela. Acho que eu fui uma boa menina. Pelo menos papai me disse que sim. Sabe, pedi que minha mãe voltasse a andar. Desde aquele acidente, ela passou a ficar só naquela cadeira com rodas. Achei que ela ia achar legal, eu gosto. Coloco na rampa daqui de casa e boto ela para correr. Mas acho que mamãe é adulta né? Parece que eles não veem muita graça nessa coisas. Ela anda triste e não gosto disso. Você também é uma pessoa triste? É que são tantas pessoas tristes que eu conheço... talvez você só esteja querendo companhia. Mas olha, isso não é legal não. Eu tinha a minha gatinha Rosa e o gato Cravo. Quando o Cravo morreu, a Rosa ficou muito triste. Parou de comer e tudo o mais. Depois morreu também. Não quero isso para a minha mãe não. Tem como você voltar atras e me ajudar? Talvez se você fizesse as pessoas mais felizes, você ficaria feliz também. Acho que contagia sabe. Não vou escrever mais não, acho que já te ocupei demais. Estarei esperando,

Atenciosamente,

M.
P.S: Então, se precisar de uma ajudinha, tenho um porquinho, posso quebrar ele ta. To juntando moedas já tem um tempinho.

Final da transcrição

Esperou, um anos, dois, três. A vida não deu retorno. Passou a assisti-la de camarote. Vida má.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Um era uma vez

Era uma vez em um vilarejo, não se sabe bem quando no tempo dos homens isso aconteceu, as pessoas viviam felizes e em harmonia. Bem, nem sempre. Era algo mágico, ou causado por deuses, ou alguma força da natureza, elas só eram felizes quando o sol aparecia. Fato que acontecia a cada seis meses. O verão durava metade do ano, e o inverno durava a outra metade. A primavera e o outono não se sabe onde foram parar. Foi então que certo dia o inverno veio e não foi mais embora. O frio era intenso, as pessoas quase não saíam às ruas, e as poucas que saíam, andavam de um lado para o outro reclamando por motivos bobos, ou então chorando por razões que ninguém sabia. Nunca mais alguém sorriu.

Aconteceu que certo dia chegou um homem muito estranho naquele vilarejo. Usava roupas coloridas e pintava o rosto. Diziam que ele era um palhaço. Ele ia para as ruas, cantava, dançava e vendia jujubas. Na verdade, era um pacote de jujubas em troca de um sorriso. Assim que chegou não conseguiu comprar nenhum sorriso. Mas bastou pouco tempo e as crianças foram as primeiras a se renderem. Em poucos meses toda a cidade se reunia em torno do palhaço no centro do vilarejo para rirem e escutar suas histórias. Tudo estava bem.

Mas certo dia o palhaço não apareceu. As pessoas ficaram preocupadas e logo foram procurá-lo. Bastaram entrar na casa do palhaço que o encontraram sem vida no sofá. Em suas mãos havia um livro de poesias, mas não deram muita atenção para isso. Apenas saíram, e continuaram suas vidas tristes. Com o tempo o vilarejo de Heart parou de pulsar e em poucos dias congelou e sumiu para sempre.



terça-feira, 16 de agosto de 2011

Se é para enlouquecer


Se é para me enlouquecer, me enlouqueça direito.
Não sussurre ao meu ouvido 4 ou 5 palavras provocantes e vá. Sussurre 20 a 30 enquanto acaricia meu rosto. Depois dê um beijo no canto da minha boca e aí sim, vire as costas deixando apenas seu perfume forte e o meu rosto sem reação. Me deseje com os olhos. Me coma com eles. Passe suas mãos de leve por minhas costas e me faça ter cala frios. Num beijo morda a minha boca, mas com cuidado. Posso devolver em dobro. Se for beijar meu pescoço que seja bem devagar. Vá desde a orelha até o meu colo. Diga que gosta do meu cheiro. Sempre elogie uma mulher quando esta não espera. O inesperado as vezes excita. Diga que voltará no outro dia e não volte. Me deixe chingá-lo até cansar e depois apareça. Então fique dois dias seguidos. Nos intervalos me abrace como se jamais fosse me deixar.
Agora, se é para me fazer te odiar por dias indeterminados, faça tudo isso e nunca mais volte.
Não se preocupe, vocês são bons nisso*.

*vocês são bons, mas nós somos excepcionais.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Confissão

Outro dia vasculhando o meu guarda-roupa encontrei aquela música que você escreveu para mim. Já nem lembrava a letra. Na verdade o refrão eu lembrei assim que o li. Tinha o meu nome. Você sempre dizia que músicas com nomes eram para sempre. Você acreditava que seríamos para sempre. Eu pensava comigo mesma, "Isso é muito para um mortal" e com um sorriso eu concordava falsamente com você. Ao ler novamente aquela música eu chorei. Enquanto você escrevia juras de amor eu simplesmente as recebia indiferente. Dói lembrar o quanto ruim eu fui com você. Eu não te amava, talvez eu nunca te amei e até hoje me pergunto o que pode ser o amor. Lembra quando disse que meu coração era de gelo? Você estava errado. Só tenho um coração difícil demais para se alcançar. Uns tentaram, outros desistiram no primeiro problema e para a sua felicidade ninguém mais tentou. Eu queria que você estivesse certo. A minha vida seria mais fácil se eu tivesse mesmo o coração de gelo.
As vezes me culpo pelo que nos tornamos.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

História de adolescente

ela estava na 7ª série quando se conheceram. ela tinha ouvido falar dele, mas não tiveram a oportunidade. foi então que uma amiga o apresentou. ela tinha apenas 13 anos e ele era alguns anos mais velho, mas eles se gostaram desde o primeiro momento. para ela, uma paixão adolescente, para ele uma nova aventura. sempre estavam juntos. e quando não fisicamente, ele estava em seus pensamentos. os primeiros anos foram de completo entorpecimento para ana, a cada dez palavras que ela falava, nove eram o nome dele. ela estava feliz. ele era uma novidade para ela. ele sempre a surpreendia com coisas novas. a fazia rir, roer as unhas de ansiedade, e até mesmo chorar. até então, ana nunca tinha passado por algo tão diferente. mas os anos foram passando e ana chegou no ensino médio. ela cresceu. tinha prioridades, responsabilidades. vestibular. tiveram que se separar. acharam melhor assim. dar um tempo. mas lá no fundo, ela o via como parte de sí própria. muitas coisas do que ela havia se tornado, tinham vindo dele. ela entrou na faculdade. novas coisas apareceram para ela. um turbilhão de novidades. e ele acabou sendo esquecido. na verdade, isso foi o que ele achou. ana já não o olhava mais com aquela paixão louca de antes, mas isso não queria dizer que não o tratava com carinho, agradecimento e alegria. foi então que ele decidiu partir. ana já esperava, mas sempre torceu para que esse dia nunca chegasse. é triste ver alguém tão querido ir embora. mas era preciso. ela sabia disso. os dias seguintes foram dias de tristeza e choro. muitos a olhavam e achavam aquilo tudo ridículo. "ela ta bem crescidinha para isso". nunca entenderam. e provavelmente nunca entenderão. mas ana não se importa. ela só precisa vê-lo uma última vez. precisa despedir de Harry e então, tudo estará bem.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Estreia do último filme do Harry Potter no Bougainville


Os Cinemas Lumière, em parceria com os fãs-clubes Potterish e Oclumência, estão preparando “O Último Embarque”, uma programação repleta de debates, brincadeiras, concursos e premiações que culminarão com a exibição do tão esperado filme.

Além disso, o espaço do Lumière Bougainville será decorado especialmente para o evento, que será aberto ao público, mas haverá surpresa para quem for assistir ao filme nas salas do shopping.


PROGRAMAÇÃO

16h – Início.

16h30 – Abertura oficial.

17h – Exibição de vídeo com cenas do primeiro filme da saga e discussão com fãs.

17h45 – Quiz e sorteio de brinde.

18h – Exibição de vídeo com trechos de filmes e discussão.

18h45 – Sorteio de brinde.

19h – Pausa.

20h – Concurso cosplay.

21h30 – Término do concurso + pausa para socialização dos fãs.

22h40 – Encerramento do evento + vídeo-homenagem

23h- Abertura dos Cinemas Lumière

*Sujeita a alteração.


Acompanhe o blog do Lumière e saiba mais sobre a programação e as novidades:
http://cinemaslumiere.com.​br/blog

http://twitter.com/#!/pott​ergyn

terça-feira, 5 de julho de 2011

Como sair do Condado e ir para a Grécia


Cinquenta anos após a publicação dos clássicos de J. R. R. Tolkien, a literatura infanto-juvenil agrega bruxos, vampiros e mitologia grega

Por Anamaria Rodrigues e Guilherme Barbosa


“O mundo está dividido entre os que leram O Senhor dos Anéis e O Hobbit e aqueles que ainda vão ler”, publicou o jornal Sunday Times à época do lançamento do maior clássico de literatura fantástica do século XX. Em um mundo onde hobbits (criaturas menores que anões) viviam em uma região chamada Condado, elfos controlavam as áreas das florestas, anões são senhores do subsolo, e os orcs, comandados por Sauron, geravam os males da Terra-Média, Tolkien ganhou milhares de fãs.

Após mais de 100 milhões de vendas em todo o mundo, Tolkien marcou o início da literatura fantástica moderna. Palavras como "tolkieniano" e "tolkienesco" entraram para os principais dicionários britânicos, homenageando um dos principais autores ingleses do século XX. Alana Moura, leitora assídua das obras tolkienianas, acredita que “o sucesso da série foi devido ao desejo por um mundo novo, coisa que Tolkien criou com maestria”.

Durante quatro décadas os hobbits viveram em paz no Condado e o anel continuou destruído, até a chegada de um bruxo um pouco diferente de Gandalf: Harry Potter. J. K. Rowling lançou em 1997 o primeiro volume do famoso bruxo inglês, intitulado “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, iniciando a série de livros infanto-juvenis mais vendida no mundo.

Você-sabe-quem, ou Voldemort, em uma tentativa frustrada de matar Harry aos onze meses de idade, cria o mito do “menino que sobreviveu” e manteve as vendas em alta inclusive durante a crise econômica atual. Hogwarts, a escola de bruxos londrina, será o plano de fundo das aventuras vividas por Harry e seus fiéis amigos Rony e Hermione.

Rowling iniciou um novo frisson na literatura mundial, fazendo com que os adolescentes
voltassem a possuir o hábito da leitura. “Harry Potter foi o primeiro livro que realmente me interessou, e desde então eu nunca fico sem um livro novo na minha cabeceira”, diz Gabriela Araújo, de 15 anos. Hoje estima-se que a série vendeu em torno de 490 milhões de exemplares, traduzidos para mais de 30 línguas.

Porém esse mágico mundo foi ameaçado quando os “trouxas” (humanos não-bruxos), descobriram um novo affair: a série “Crepúsculo”, que fez com que milhares de adolescentes suspirassem pelo romance vivido por Edward e Bella. Ele é um vampiro que se apaixona por Bella, uma garota comum do colegial.

Stephenie Meyer desenvolve um romance cheio de lugares-comuns, criando um ideal de homem (Edward) para as milhares de Bellas da vida real. No entanto, a tentativa de recriar as vendas de Harry Potter foram frustradas, sendo que a série transformada em filme se tornou muito mais lucrativa. O romance idealizado pela autora não atinge os adultos em massa, coisa que aconteceu em “O Senhor dos Anéis” e “Harry Potter”.

Pouco tempo após cria-se um adolescente disléxico, com déficit de atenção e que não se interessa em estudos. Até então pode-se pensa que ele é um adolescente comum, exceto pelo fato de ser filho do deus grego Poseidon. A série de cinco livros escrita por Rick Riordan, denominada “Percy Jackson e os Olimpianos”, traz uma mistura de adolescentes contemporâneos e mitologia grega que encanta os jovens.

Percy descobre que é um semi-deus, ou meio-sangue, e vai à um acampamento que treina os heróis para sobreviverem em um mundo repleto de monstros. Annabeth, filha de Atena, e o sátiro Grover serão seus fiéis escudeiros durantes as suas aventuras.

O ritmo da literatura nunca mais será o mesmo após o sucesso dessas personagens, e
consequentemente o cinema acompanha as mudanças. Todos os livros descritos ganharam adaptações em Hollywood, que inclusive geraram vários prêmios. “O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei” conquistou 11 Oscars, sendo o terceiro filme mais premiado da história.

Graças às adaptações cinematográficas, as histórias continuam vivas no imaginário coletivo, conquistando sempre novos fãs e movimentando toda a estrutura do Condado ao Olimpo.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Você acaba de cometer o maior erro da sua vida, ou talvez, o maior acerto. Não quero te assustar, apenas avisar que você acaba de entrar nos meus domínios. Espero que você tenha sorte. Muita sorte. Muitos já passaram por aqui e pereceram. Homens de boa fé, bonitos e espertos que caíram diante de mim. Muitas pessoas lhe avisaram não foi? E você veio mesmo assim. Sinto muito. Não quero dizer que você não terá nenhuma chance, só quero avisar que o caminho é perigoso e que nenhum homem até hoje conseguiu atravessar. Você está navegando entre rochedos e com apenas uma atitude, um único ato meu, seu navio baterá nessas pedras e então você cairá diante de mim. Por fim, te devorarei.


Como fugir? Me faça apaixonar por você, o mais rápido que puder. O seu amor terá que ser sincero e não um mero escudo contra mim. Eu identificarei. Olharei nos seus olhos e verei se o que você diz é realmente o que você sente. Os seus olhos são a sua porta. É a porta que liga a sua alma até o meu entendimento. Saberei a verdade assim que olhar para você. Procure refletir no seus atos, posso identificar mais rápido dessa forma. Se for bem sucedido, lhe darei um beijo e te levarei para o fundo do mar junto comigo. Não se preocupe, você poderá respirar no meu mundo. Esse mundo, misterioso e imenso, o meu, também será o seu mundo. Você terá conseguido atingir o meu ponto fraco. Tenho o coração frágil. Ele só está envolto por espinhos que precisam ser atravessados. Não se preocupe, eu te amarei. Te amarei com todas as minhas forças e farei tudo por você. Serei a sua escrava. Tão majestosa criatura, transformada em mera súdita. Basta saber me dominar.


Mas por favor, não tente me enganar. Posso ser a criatura mais tenebrosa que você já viu. Não importa o que faça, você terá poucas chances contra mim. Os homens se acham muito espertos não é mesmo? O orgulho pode cegar qualquer mortal. O caminho trilhado por muitas vitórias deve possuir derrotas. Nada impulsiona mais do que o fracasso. Prefiro assim os fracassados e os corações quebrados. Esses sim, sabem valorizar um igual. Esses possuem a humildade entrelaçada à coragem. Saiba unir tudo isso ao seu desejo de me possuir. Mas eu volto a repetir, não me iluda. Posso ser duplamente cruel. O coração de uma sereia sabe virar gelo diante de um blefe.


Não queira escutar a melodia que sairá de minha boca. Ela será a mais bela que já ouviu até então, mas será o seu fim. Você desejará com todas as suas forças me alcançar e me possuir e então, você cairá na água. Pode tentar nadar, ou fugir. Eu te alcançarei. Devorarei membro por membro do seu corpo; órgão por órgão até o último grito de dor. Depois, jogarei seus ossos no oceano e lá ficarão esquecidos. Não brinque comigo. Te avisaram sobre mim não é mesmo? Agora só lhe resta me entregar o seu amor, ou entregar a sua vida ao oceano. Não tenha medo, ainda estou lhe oferecendo escolhas.

terça-feira, 21 de junho de 2011

A mulher de branco

Adorava a forma como você me olhava. Era diferente, não sei explicar. Tinha tamanha intensidade e carinho que sempre que você me encarava eu ficava toda arrepiada. Quando eu via você brincar com nossos filhos eu me sentia a mulher mais sortuda do mundo. Eu te amava tanto. E achei que o seu amor por mim duraria pela eternidade.

Foi quando eu descobri. As suas idas à cidade se tornaram frequentes. Tinha algo estranho. Seu cheiro tinha mudado. Era perfume de mulher. Eu fiquei louca, não podia acreditar. Um dia eu te segui. Você entrou em um bar, e lá estava ela sentada te esperando. Se beijaram. Entrei em desespero e voltei para casa às pressas. Chorei como nunca tinha chorado. Eu queria acabar com você. Fazer você sofrer. Para sempre.

Eu tinha que usá-los. Peguei os nossos filhos e os levei até o banheiro. Falei que daria banho neles. Mentira. Afoguei os dois na banheira. Estavam mortos. Uma alegria doentia surgiu no meu peito e rompi em gargalhadas. Agora você seria um homem incompleto. Seus maiores amores, estavam mortos. Mas de repente eu vi o que havia feito. Eles não tinham culpa. Eu os amava tanto e agora estavam mortos por uma atitude doentia. Eu estava sem nada. Sem meus filhos, sem meu marido. O que foi que fiz? Alguém me ajude!! Eu quero os meu filhos de volta! Não posso viver sem eles. Foi quando eu fiz. Pulei daquela ponte na mesma noite. Você chegou em casa e viu nossos filhos mortos. Tentou me procurar e não me achou. Chamou a polícia. Dois dias depois acharam meu corpo no rio. Chegaram à conclusão de que eu havia perdido a atenção e quando vi nossos filhos estavam mortos. Me matei por culpa. Foi o que acharam.

Prazer, eu sou uma Mulher de Branco. Sou um fantasma condenado a vagar pelas estradas dessa cidade. Pesso carona aos homens que passam de carro sozinhos. Sempre são homens comprometidos. Eu os seduzo. Peço para me levarem para casa. Se caem na minha rede, eu os mato. E nunca mais os veem. Eu só quero que isso acabe, preciso pedir perdão aos meus filhos, mas não tenho coragem. Enquanto isso estarei aqui, vagando, e esperando que você me leve para casa.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Home


Casa

Ela:
Alabama, Arkansas,
Eu amo minha mãe e meu pai,
Não da forma como eu amo você.

Ele:
Santa, Moley, eu, oh meu,
Você é a menina dos meus olhos,
Menina eu nunca amei alguém como você.

Ela:
Cara, ó cara, você é o meu melhor amigo,
Eu grito para o nada,
Não há nada de que eu necessite.

Ele:
Bem, quente e pesado, docinho,
Doce de chocolate, Jesus Cristo,
Não há nada que me dê mais prazer do que você.

Ambos:
Ah, casa. Deixe-me ir para casa
Casa é qualquer lugar que eu esteja com você.
Ah, casa. Deixe-me ir para ca-a-sa.
Casa é qualquer lugar que eu esteja com você.

La, la, la, la, leve-me para casa.
Mãe, eu estou indo pra casa.

Ele:
Eu lhe seguirei pelo parque,
Pela floresta pela escuridão,
Menina eu nunca amei alguém como você.

Ela:
Fossos e barcos e cachoeiras,
Becos e telefonemas pagos,
Eu estive em todo o lugar com você.

Ele:
Nós rimos até pensarmos que iremos morrer,
Pés descalços em uma noite de verão
Nada novo é mais doce do que você

Ela:
E nas ruas você corre livremente,
Como se fosse somente você e eu,
Jesus, você é algo de se ver.

Ambos:
Ah, casa. Deixe-me ir para casa
Casa é qualquer lugar que eu esteja com você.
Ah, casa. Deixe-me ir para ca-a-sa.
Casa é qualquer lugar que eu esteja com você.

La, la, la, la, leve-me para casa.
Papai, eu estou indo pra casa.

(Conversando)
Ele: Jade
Ela: Alexander
Ele: Lembra aquele dia que você caiu da minha janela?
Ela: Com certeza, você pulou atrás de mim.
Ele:Bem, você caiu no concreto, quase quebrou sua bunda, você estava se esvaindo em sangue e eu corri com você pro hospital, lembra-se disso?
Ela: Sim, eu lembro.
Ele: Bem, há algo que eu nunca lhe disse sobre aquela noite.
Ela: O que você não me contou?
Ele: Enquanto você estava sentada no banco de trás fumando um cigarro pensando que seria seu último, eu estava me apaixonando profundamente, profundamente por você, e eu nunca lhe disse até agora.

Ambos:
Ah, casa. Deixe-me ir para casa
Casa é qualquer lugar que eu esteja com você.
Ah, casa. Deixe-me ir para ca-a-sa.
Casa é o lugar em que estou sozinho com você.

Ele:
Casa. Deixe-me vir para casa.
Casa é qualquer que eu esteja com você.

Ela:
Ah, casa. Sim eu estou em ca-a-sa.
Casa é quando estou sozinha com você.

Ela:
Alabama, Arkansas,
Eu amo minha mãe e meu pai...
Fossos e barcos e cachoeiras,
Becos e telefonemas pagos...

Ambos:
Ah, casa. Deixe-me ir para casa
Casa é qualquer lugar que eu esteja com você.
Ah, casa. Deixe-me ir para ca-a-sa.
Casa é o lugar em que estou sozinho com você...

sábado, 11 de junho de 2011

Mundo vasto mundo


Ele era um homem que se comportava como menino. Se precisasse ele seria aquele homem tão cobrado, mas por enquanto ele preferia assim, ser um garoto. As suas constantes brincadeiras não combinavam com terno, mesa de escritório e responsabilidades. Ele queria ser livre. Viver a vida intensamente e se acontecesse o inesperado ele poderia dizer " Eu fui feliz" e que se danasse o inesperado.

Mulheres não eram um problema. Alguns diziam que era a sua cara lerda, mas outros diziam que a arma de atração era a sua conversa. Podemos juntar as duas opções. Cada dia da semana era batizado com uma garota diferente. Em alguns dias podiam ser até três. Elas o chamavam de "safado", "cachorro" e "sem vergonha", mas estavam sempre ali, prontas para serem a próxima. Festas? Ele estava em todas. Se precisassem de um stripper, era só chamá-lo.

Um dia aquele mundo se tornou pequeno para ele. No seu último ano de faculdade botou a mochila nas costas e disse para sí mesmo "A diversão começa agora". Conheceu os quatros cantos do mundo, e se apaixonou em cada um deles. Se encantou por Londres, Paris e Veneza. As vitrines de Amsterdã roubaram parte de seu coração, e foi nas boates de Madrid que ele perdeu o que ainda restava dele. Em Berlim ganhou uma cicatriz no rosto, resultado de uma briga de bar. E foi só em Barcelona que conheceu a mulher da sua vida."Mundo mundo vasto mundo" foi o que ele disse a ela e com um beijo em seu rosto, prometeu voltar. Era a sua próxima jornada o chamando, algo muito mais forte que um grande amor.

Ele nunca olhava para trás. A saudade de pessoas queridas às vezes vinha bater à sua porta, mas ele gostava dessa sensação, pois assim ele sabia que tinha para onde retornar. Mas agora não era a hora. Ainda haviam lugares para serem vistos, mulheres a serem conquistadas e amigos a serem feitos. Jack era grande demais, e só todo o Mundo poderia ser a sua casa.

Foi então que dez anos se passaram, vinte, trinta, e nenhum sinal de Jack. As más linguas dizem que ele deve ter morrido de overdose, ou em alguma briga. Mas há boatos de que ele possa estar nesse momento em Bora Bora aproveitando o sol e o mar com a sua amada espanhola, e já pensando no seu próximo destino. Sim, o mundo pode ser vasto, mas mais vasto ainda era o coração daquele garoto, que um dia botou sua mochila nas costas e decidiu viver.

sábado, 4 de junho de 2011

O homem dos meus sonhos



Recado esperado

Você me acordou de novo. Em duas semanas essa era a terceira vez que sonhava com você. Eu sei que não é possível, mas seu cheiro estava nos lençóis. O mesmo cheiro que me entorpecia em todos os sonhos. Cheiro de testosterona. E por mais que eu tente te encontrar em todos os rostos que eu vejo no meu dia, eu não te vejo. Você só existe lá, quando adormeço. Eu tento entender, mas não consigo. Como sonhar com os mesmos olhos, com a mesma boca, mesmo cheiro e mesma voz sem ao menos conhecê-lo? Será loucura? As vezes bate aquela angústia, aquele desejo de te tornar real. Se os seus beijos e a sua respiração forte ao meu ouvido fossem reais, sonhar não seria preciso. Seria o homem dos meus sonhos. Bem aqui, na minha frente.


Recado desesperado


Sabe, não quero mais sonhar com você. Não quero mais esse vício. Por favor, se você não pode ser real, suma dos meus sonhos. Sou de carne e osso, e você está me transformando em fumaça.

Não quero mais depender de você.


Resultado

Homem dos meus sonhos, você se foi. Consegue voltar? A realidade está difícil demais...

segunda-feira, 30 de maio de 2011

De meninas para meninos II

Fragmentos de uma carta encontrada amassada no lixo de um certo infeliz


Ta, tudo bem, ta sendo difícil te esquecer. Eu quero você de volta. Eu quero muito você de volta. Ele não é melhor do que você de cama. Ele é um grosso, um nojento que transa e vira para o lado depois. Ele fala de outras mulheres enquanto está comigo. Ele bate em algumas e se acha o máximo. Ele encara o espelho enquanto está transando . Ele fica mexendo no cabelo enquanto isso. Eu não aguento mais. Ele é definitivamente um idiota.


Sinto sua falta. Sinto falta de você me abraçando a noite e fazendo carinho no meu cabelo. Sinto falta de você me dizendo baixinho, "Eu te amo tanto". Sinto falta dos arrepios que eu tinha quando você dizia isso. Eu quero você, sinto falta de você, eu preciso de você. Eu fui uma idiota. Vem ser meu príncipe de novo? Volta para mim?

sábado, 28 de maio de 2011

De meninas para meninos I

Fragmentos de uma carta encontrada em cima da cama de um certo infeliz



Pra ser sincera, você é péssimo de cama. Não que eu tenha tido mil e uma experiências por aí, o que seria ótimo para dar um basta nessa sociedade hipócrita, mas é que sabe, ele realmente te humilhou. E a cada dia que passa eu me pergunto: O que eu estava fazendo com os segundos da minha vida ao seu lado? Todos jogados, sinceramente, na merda. Para ser um pouco mais boazinha, com você eu aprendi uma coisa: existem os homens, aqueles que são todos iguais sabe, e existe os iguais a você. Se é para escolher? Eu fico com os homens que são todos iguais. O porquê? Simples. Enquanto você se preocupa em se tornar um príncipe encantado, eles já estão mais do que conscientes de que nessa puta realidade, isso é mera utopia.

Ah e quanto ao cara que te humilhou? Sim, ele está dentro do grupo dos homens que são todos iguais. Dos que traem, dos que mentem, dos que sabem chegar, dos que têm pegada. E o que nós mulheres achamos disso? Maravilhoso. Queremos homens assim, a que estamos querendo enganar com o sonho de príncipe encantado? É claro que temos o ideal de homem a se desejar para estar ao nosso lado mais de uma noite, mas enquanto esses ideais não aparecem, é com os "todos iguais" que a gente se diverte! E quanto a você? Desejo boa sorte na sua busca, e que você encontre a sua Cinderela, por que eu, já cansei de ser a sua Gata Borralheira.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A uma amiga


Cara Violet,

faz tempo que não lhe escrevo não é mesmo? mesmo estando ao seu lado todos os dias. Mas eu gosto de escrever, acho que só o meu olhar não basta. Eu sei que você já sabe o que sinto só em olhar para mim, e eu vejo o mesmo em você. Tivemos uma bomba em nossas vidas e passamos por isso ao mesmo tempo. Eu te apoiei e você me apoiou. Obrigada. Mas agora estamos vivendo situações diferentes e as vezes sinto que não estou conseguindo te ajudar tão bem quanto antes. Parece que estou seguindo em frente e você não está me acompanhando. Amiga, se desprenda, ele só está te matando aos poucos. Lembra daquela frase "Pessoas que somem não são confiáveis"? Ele sumiu. Sumiu, amiga. Ele pode ter sido um dia, mas agora já se foi. Vocês aproveitaram o que tinham que aproveitar e algo terrível aconteceu. Sabemos disso. Amar e não ser amada. Isso dói. Mas adianta ficar lembrando dele? Sei que isso muitas vezes não é intencional, mas tente olhar para ele como algo que ficou para trás. Se passado fosse bom, seria presente, lembre-se disso.
OLHE AO SEU REDOR, está cheio de pessoas que se importam com você. Há pessoas que querem um pouco mais. E por quê não? Quem sabe você encontre alguém que seja CONFIÁVEL. Você é linda por dentro e por fora. Ame-se. É o seu amor próprio que vai fazer você brilhar. Diga FODA-SE, se eles não te valorizam. GRITE quem você é. Você é apaixonável. Eles merecem ver isso. E LEMBRE-SE, eu estarei aqui, pequena e insignificante para te apoiar e te acompanhar ao Vale do Renascer para a gente encomendar um despacho PORQUE esquecer FILHOS DA PUTA não é FÁCIL. TE AMO.
De sua amiga,
Valery

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Você na minha cama

Eu estaria bem melhor se você não estivesse na minha cama neste exato momento. E de cueca box branca. Que castigo. Você dorme profundamente, pois é o que se espera de uma noite "animada". Enquanto isso eu olho para você. Eu olho você como se olha alguém que daqui a pouco não estará mais alí. Me alimento de você. Me alimento enquanto eu posso, pois sei que daqui a 2 horas começará a minha abstinência. Abstinência de você, novamente. Passo a minha mão pelo seu rosto. Ele ainda está com as marcas que eu deixei. Ah como eu queria que elas demorassem séculos para saírem. Você me chingaria de "cachorra" para sempre. Não acho ruim não. Adoro te atormentar. Mas simplesmente essas marcas durarão dois dias ou três e você aqui comigo 2 horas. Por quê você faz questão de me deixar assim? Ao mesmo tempo que te amo, eu te odeio. Ao mesmo tempo que empurro você para longe de mim, eu choro por você não estar aqui. As vezes faço preces para que você nunca mais volte, pois assim você não me deixaria com essa esperança louca de te ter por perto. Mas eu sempre volto atrás. Só de lembrar você me dizendo baixinho no meu ouvido "você me deixa louco" já é o suficiente para voltar três vezes atrás ou até mais. Na verdade é você meu bem quem me deixa louca.
Por isso que eu estaria bem melhor se você não estivesse na minha cama neste exato momento.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

A história de Sophie: O reencontro




Era um dia de chuva. Ela andava devagar por entre as sepulturas procurando com paciência. O guarda-chuva era grande o suficiente para o tempo que ela precisaria. Foi então que ela achou. Lá estava o nome dele na lápide, e em baixo uma pequena frase: "Ele viveu tempo suficiente para cativar pessoas suficientes". Seus olhos se encheram de lágrimas, seguido por um aperto no peito. Sophie tentou sorrir, mas tanta coisa veio à sua cabeça. Lembranças antigas. Mas ela precisava falar com ele.


" Olá Edmund. Já faz tanto tempo né? 20 anos desde que você se foi. Eu sei que faz um tempinho que não venho te visitar, mas a vida está tão corrida. As crianças tiram toda a minha energia. Ah, o Mat está cada dia mais lindo. Às vezes ele me lembra você. Ele adora comer pipoca com maionese. Comidas estranhas sabe, você tinha disso lembra? Rachel está linda também. Não terá o mesmo problema que eu. Mas humm... eu estou aqui por outro motivo. "


As lágrimas vieram a tona. Sophie estava tentando a muito tempo segurá-las. Mas era melhor assim. " Sabe Ed. ontem encontrei aquela carta, a que você me deixou quando foi embora. Depois que eu li pela primeira vez, eu nunca mais havia olhado para ela novamente. Aí veio a saudade. Mas o pior dessa saudade, é que eu tenho a certeza que você não está em nenhum lugar desse mundo. Por mais que o tempo passe, não vou te ver nunca mais. Quem garante que o 'outro mundo' ai existe?".


Sophie parou de falar. Ficou pensativa por alguns minutos. Parece que escutava o barulho da chuva. Então sorriu. "Lembra do nosso último banho de chuva? Você sempre dizia que todo ano tínhamos que tomar pelo menos um, porque só a chuva tirava o que era velho. Eram gotas mágicas." Ela deu uma gargalhada, como se aquilo fosse uma idiotice. Mas seu rosto logo voltou ao que era antes. "O estranho Ed, é que só tínhamos 13 anos. Como pode? Era para ser paixãozinha de adolescentes..."

Alguém vinha se aproximando. Era o coveiro. "Posso ajudar senhora? Parece que...", " Não, tudo bem. Eu já estava de saída". Ele se afastou mas ficou esperando que Sophie saísse. Sophie olhou para a lápide. Ela era tão linda. Algo estranho para se achar de algo ligado à morte. Mas ela era. " Eu fico feliz sabe Ed, de saber que tivemos algo praticamente impossível, mas ao mesmo tempo me dói pensar que foi por tão pouco tempo. A vida é assim né, ela te machuca, te provoca para mostrar que somos mais do que ela. Hum, então obrigada. Obrigada mesmo por tudo. Eu te amo Edmund"


Ela sorriu. Olhou para o céu e agradeceu. Jogou o guarda chuva de lado, e foi embora lavando tudo o que era velho.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

É o que eu preciso


Sabe do que eu preciso?

preciso de um homem que me tire do sério. alguém que me irrite profundamente. alguém que transforme meu tédio em passado. preciso de um homem que vire meu mundo de ponta cabeça. que tire meu sono. preciso de um homem que me faça implorar por mais. que me leve à loucura.
preciso de um homem carinhoso, que mexa em meu cabelo enquanto estou deitada em seu colo. que beije o meu rosto não só por desejo, mas pelo simples carinho. preciso de alguém que queira escutar minhas histórias ridículas e que ria delas junto comigo. preciso que ele me entenda. que saiba me abraçar quando eu tiver que chorar. preciso de um homem que brigue comigo quando eu estiver errada e mostre que estou. que ele nem sempre concorde comigo. preciso de um homem que me diga, "você é a mulher mais incrível que já conheci" mesmo eu sabendo que não é verdade. preciso que ele me olhe daquele jeito que arrepia. que me lembre o quanto eu posso ser importante para alguém.

preciso de um homem que ainda não encontrei. e se já, não quiz precisar de mim.

segunda-feira, 28 de março de 2011

R.

Eu sonhei com você essa noite. Acho que você não aparecia em meus sonhos a um bom tempo. Na verdade desde que eu aceitei que você me esqueceu. As vezes duvido sabe, que você possa ter me esquecido. Foi tão forte e intensa a nossa amizade. Apesar da distância, conversávamos horas e horas na internet. Você era o único que me fazia ficar até tarde.

Eu contava tudo para você. E bem, eu achava que você contava tudo para mim. Adorava quando você me acordava de madrugada com uma de suas mensagens. Nenhum namorado meu já fez isso, e se já, não sei, não tinha a mesma graça. Não me pergunte o porquê.

Mas ai aconteceu. Você arrumou uma namorada. Ela tinha ciúmes de mim. O engraçado é que nunca dei motivos para isso. Achei que nossa amizade seria mais forte, mas a paixão é assim né.
Já se passaram 3 anos. Você já trocou de namorada e não voltou mais. Penso que talvez não tenha sido esse o problema. Talvez o que eu considerava importante, para você não era.

No meu sonho você me fazia uma visita surpresa. Passamos todo um dia juntos. Acordei sorrindo, mas logo lembrei que isso jamais aconteceria. Sabe amigo, ainda não me cansei de procurar por você. Se um dia isso acontecer, saiba que algo muito ruim aconteceu.
Sinto sua falta.

sexta-feira, 11 de março de 2011

15 minutos de desejo


São em horas como essa que eu agradeço por ser homem. Ela entra na confeitaria. Para de frente às inúmeras guloseimas e analisa. Poe o dedo indicador sobre os lábios pensativa. Se inclina para frente para ver melhor o que está em baixo. Sua saia jeans ameaça subir. Ela escolhe. Engraçado, logo o bolo de chocolate. Logo ele, tão comum.Pede uma xícara de chocolate quente. De novo. Ela sempre pede as mesmas coisas todos os sábados. Senta de frente para mim. Não sei se consigo disfarçar. Abro o jornal no caderno de Política, mas só para enganar. O meu foco é ela. Então começa o ritual.

Suas mãos envolvem a xícara quente. Ela a aproxima de seu nariz, fecha os olhos e sente o cheiro do chocolate. É como se estivesse lembrando de algum momento feliz e acolhedor, talvez na infância. A xícara se move para sua boca. Seus lábios a toca. Novamente fecha os olhos. A marca do batom vermelho ficou na xícara. Chocolate ficou no canto superior de sua boca. Ela não limpa com o guardanapo. Ela passa a língua lentamente e me olha. Pela primeira vez ela me olha. Me escondo por de trás do jornal na esperança de que tenha sido apenas um olhar de passagem.

Espero um minuto. Então volto a encará-la. Ela havia cruzado as pernas. Uma pena que eu tenha perdido isso. Agora mordia o bolo. Parecia tão macio e suculento. Farelos caiam dentro de seu decote, mas ela não ligava. Parecia distraída. Cansada na verdade. Seus olhos estavam tristes. Olhos de ressaca. Quando dei por mim, ela já havia acabado. Se levantou. Ajeitou a saia que havia subido um pouco mostrando suas grossas pernas mais do que devia. Colocou a bolsa no ombro e me olhou novamente. Agora andava na minha direção. Que pernas! Que quadril! Que boca! A olhei como todo homem deve olhar uma mulher como ela. A apreciei. Ela parou em minha frente e me fitou.

- Aqui está meu cartão. Decidi que você merece um pouco mais do que 15 minutos comigo. Dessa vez, de verdade. Gostei de você. Mas hoje, meu expediente já acabou. me ligue mais tarde, a noite, e acertamos.

Ela me fitou novamente e sorriu. Se virou e foi embora. Era bom vê-la todos os dias de manha após toda a sua noite de trabalho. Mas agora eu não sabia o que fazer. Fiquei nervoso. Será que eu deveria ligar?

sábado, 5 de março de 2011

Pássaro Negro

Pássaro Negro ( The Beatles)

Pássaro Negro cantando no silêncio da noite
Pegue estas asas quebradas e aprenda a voar
Toda sua vida
Você só estava esperando este momento para decolar.

Pássaro Negro cantando no silêncio da noite
Pegue estes olhos fundos e aprenda a enxergar
Toda sua vida
Você só estava esperando este momento para ser livre.

Pássaro Negro, voe. Pássaro Negro, voe
Para dentro da luz da noite escura e negra

Pássaro Negro, voe. Pássaro Negro, voe
Para dentro da luz da noite escura e negra

Pássaro Negro cantando no silêncio da noite
Pegue essas asas quebradas e aprenda a voar
Toda sua vida
Você só estava esperando este momento chegar
Você só estava esperando este momento chegar
Você só estava esperando este momento chegar


sexta-feira, 4 de março de 2011

Ausência II

Goiânia.... de .... de 2011

Oi pai,

antes de tudo, quero pedir sua bênção. Como estão as coisas aí em cima? Pois as coisas aqui em baixo estão feias. Tanta coisa mudou. Eu tive que mudar. Não sou mais aquela menininha que ficava te atentando fazendo cócegas até o senhor ficar nervoso e nem aquela que assistia novela ao seu lado. Eu assistia para lhe fazer companhia sabe, nunca gostei muito. Já faz 1 ano né? Muita coisa aconteceu. Estou tentando cuidar da mamãe sabe, mas parece que eu não consigo. Estou tentando ser forte, mas é difícil pai.

Estou com saudades. Palavra engraçada. Dizemos ela tantas vezes para pessoas que só estão longe, mas só quando perdemos essas pessoas queridas, fisicamente, é que realmente percebemos o valor dessa palavra.

Vou te amar para sempre e nunca te esquecer. "Para sempre" e "nunca", palavras fortes, mas que nesse momento para mim fazem todo o sentido. Tenho tantas dúvidas e medos. O senhor foi embora cedo. Não aprendi a enfrentar esses medos sozinha. Mamãe tenta me ajudar, mas era o senhor que me via realmente.

Errei muito pai. Peço desculpas. Mas o senhor sabe como são os jovens né, " a felicidade está lá fora", mas o senhor me dizia o contrário, " busque a felicidade dentro de você", eu não te dava ouvidos. Agora te entendo perfeitamente. Estou tentando ser forte, eu te prometi que seria. Consigo disfarçar a dor da sua ausência. Não sei o porquê, mas faço isso bem. As pessoas não merecem ver mais sofrimento. O mundo está uma bagunça.

Uma coisa o senhor pode se orgulhar de mim pai, eu ainda sou aquela garota feliz. Sorrio muito. Assim como fazíamos lembra? Eramos os bobos da casa, ríamos de tudo. Pode deixar que agora estou rindo por nós dois. Obrigada por me ensinar isso. Ah, muita gente por aqui que o senhor achava que era de bem, estão se aproveitando da sua ausência. Adquiriram poder, e agora estão mostrando quem realmente são. Eu não queria que o senhor descobrisse isso, mas é o que está acontecendo.

Eu só queria que o senhor soubesse o que se passa por aqui. Espero que receba essa carta.
Continuarei nesse mundo louco, enquanto o senhor se livrou dele.
Com amor, de sua filha
Ana

domingo, 27 de fevereiro de 2011

a história de Sophie


O seu nome era Sophie. significado: a sábia. Sophie nunca gostou. sempre achou que fosse pressão demais. ela sempre dizia, " o seu nome não te faz, você faz o seu nome". ela não queria ser sábia. sabedoria é para quem merece. ela nunca achou que merecesse. ao mesmo tempo em que cantava "Highway to hell", suava dançando em seu quarto " Vogue". detestava chorar. chorar é para os fracos. mas detestava mais ainda, quando não conseguia se segurar. se trancava no banheiro ligava o chuveiro, para disfarçar, e esmurrava a parede, enquanto lágrimas desciam pelo seu rosto. motivo? há eram tantos. a líder de torcida loira que ria de seus all stars sujos. os chicletes que pregavam em sua cadeira quando ia se sentar. e a vez em que o colégio inteiro ficou sabendo que ela tirava fotos de Josh O'Maley e pregava nas paredes de seu quarto. ah o Josh. ele era tão lindo e inacessível. nem sabia que Sophie existia. na verdade não sabia até o momento da fofoca das fotos. desde então, ela era a garota "esquizofrênica". rótulos. Sophie era cheia deles. a "garota estranha", "esquisita", "assombração". mas não ligava muito. não se importava com o que achavam dela. ela era feliz assim. passava suas tardes assistindo repetidamente filmes românticos para treinar o seu primeiro beijo. ahh como sonhava com ele. esperaria escutar sinos tocando e o seu pé subiria devagar. mas ao mesmo tempo se preocupava. não era bonita. não tinha seios e nem pernas grossas. quem iria se apaixonar por Sophie? um dia decidiu colocar papel no sutiã e foi paro o colégio. Samantha percebeu e os tirou na frente de todos. lá estava Sophie chorando novamente no banheiro. mas então o tempo se preocupou com Sophie.


havia uma movimentação na casa ao lado. vizinhos novos. foi então que ela conheceu Edmund. garoto estranho. "assim como eu" pensou. Edmund usava óculos com aros enormes amarrados dos lados com arames. herança do avô. usava camiseta do Star Wars e all star sujo. sentaram no gramado da casa de Sophie e passaram a tarde conversando sobre filmes. ele com seus filmes nerds. ela com seus romances. mas não importavam. gostavam de estar alí. foi assim todas as tardes até que Sophie uma noite escutou um barulho em sua janela. abriu e lá em baixo estava Edmund. ele jogou uma pedra novamente, mas desta vez havia um papel. Sophie abriu e leu: " Quer ser minha eterna namorada?" Sophie chorou. mas dessa vez de alegria. desceu correndo e la em baixo o beijou. os sinos não tocaram, nem o seu pé se levantou. mas ela teve sensações muito melhores. seu corpo levou um choque e se arrepiou. seu coração acelerou e ela não queria que acabasse. agora ela não estava mais só.


o tempo não conseguiu aguentar muito. certa tarde Edmund não a encontrou no gramado. ela olhou para a casa dele e logo sentiu um arrepio. havia um carro na porta. um carro preto. correu até a porta e bateu. a mãe dele abriu. estava de preto e chorava. "Sophie, antes de tudo quero que leia isso" ela lhe entregou uma carta: " querida Sophie, acho que não apareci para nossa conversa dessa vez não foi? Sinto muito. sei que foi ruim de minha parte, mas não foi porque eu quiz. Enfim, você se lembra daquele dia em que fizemos um teste? passar um dia sem nos ver? Você até que conseguiu bem lembra? apesar de não querer fazer isso mais. mas agora tenho um pedido e antes de fazê-lo quero lembrar-te que te amo, que realmente te amei demais. queria que você fizese isso por nós. quero que você pegue aquele dia e multiplique por todos os dias da sua vida. sei que você conseguirá firmemente. você é forte. e aguentará mais do que se fosse eu. os homens são fracos Sophie. eu fui fraco. não posso estar mais com você fisicamente, mas estarei com você em sua memória. Seja corajosa Sophie. sou apenas um capítulo da sua vida, mas saiba que você foi a minha vida toda. Eternamente seu, Edmund"


Sophie olhou desesperadamente para a mulher em sua frente e esta a olhava com amor. " Ele morreu Sophie", " Edmund estava com câncer e partiu". Sophie não queria aceitar e então correu. correu e correu. não sabia para onde iria, só queria ficar sozinha. O que seria agora de Sophie? chorou por 5 horas seguidas, até tomar uma decisão. ela não seria mais aquela menina estranha e feia. ela seria o que um dia foi para Edmund. ela seria forte e aguentaria. ele a fez feliz, e agora ela precisava ser feliz por ele. Sophie entrou em seu quarto, foi para o banheiro e pegou uma tesoura. olhou - se no espelho. limpou a maquiagem borrada pelas lágrimas e sorriu. " isso será por você Ed" então começou a cortar o cabelo. acabar com o passado. agora ela seria a So do Ed. a menina mais bonita.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O garoto

Eu estava rindo de mim mesma quando senti seu olhar. Eu o encarei. Você me olhou por inteira. Olhar de quem se alimenta. Passei por você, agora rindo envergonhada. Olhei para trás e você estava sorrindo para mim. Deus, como você estava lindo. Os cabelos bagunçados caiam sobre os olhos, camiseta branca, calça jeans e mãos nos bolsos.

As garotas falam de você. Elas te desejam. Elas dizem "Ah, ele é gay", talvez uma desculpa para aceitar alguém inalcançável. Eu digo " não, ele não é gay". Eu sei que não. Sinto no seu olhar. Sinto todas as vezes que agora passo por você. Pois desde aquele dia, agora sei que você existe. Agora te vejo. Você esta dentro da minha cabeça, e faz parte de meus delírios.

Hoje eu te vi novamente. Você estava conversando com seus amigos quando eu passei. Você parou de falar e me olhou. Me acompanhou com os seus olhos, enquanto rapidamente o olhei e desviei os meus. Não sei o que se passa em seus pensamentos, mas de uma coisa estou certa, foi uma troca de desejos. Seus olhos diziam tudo. Olhos de quem implora " Por favor, eu preciso do seu nome! Só o seu nome".

Nunca nos falamos. Não sei se um dia chegaremos a nos conhecer. Este ato poderia acabar com tudo. Com todo esse mistério e desejo. É gostoso passar por você e imaginar o que poderia acontecer. Te pegar sozinho ali no corredor, jogar dentro de uma sala e te encher de beijos e mordidas, sair e deixar você sem ao menos saber o meu nome. Somente o susto e a excitação.

Pensamentos. É melhor deixar tudo isso apenas assim. Deixar estar.


"Sem mais eu fico onde estou
Prefiro continuar distante..."

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

devaneios metafóricos

Valery: Eu não sei se vou conseguir Vi.
Violet: Eu também não sei Val.
Valery: Mas sabe de uma coisa? O bom é isso, não saber...se soubessemos não estaríamos assim, aqui. Você só valoriza as melhores coisas da vida, depois que você conheceu as piores.
Violet: Sabe de uma coisa Val? Você tem razão. Foda-se tudo isso. Estaremos bem amanhã, não estaremos?
Valery: Melhor do que hoje. Pode ter certeza. Vamos olhar para trás e dar risadas de tudo isso. E já é engraçado imaginar que estivemos assim por tão pouco. O que seriam dos idiotas sem os loucos? O que seriam daqueles idiotas, sem nós loucas?
Violet: Só a loucura para encarar, aguentar e sobreviver a uma idiotice.
Valery: Viu? Ainda bem que somos loucas.
Violet: E continuaremos. Está pronta?
Valery: Mais do que nunca.

Deram-se as mãos. Sorriram uma para a outra. Então pularam.
Era o começo.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Uma história de 4 - Apresentação


Esta, é uma história desventurada. Aconteceu com 4 amigos que merecendo ou não, foram as vítimas. Mas antes de contá-la a vocês, eles merecem ser apresentados.

Um, não tem nada a ver com o outro. São completamente diferentes. E mesmo assim, inseparáveis. Se conheceram na faculdade e algo os uniu. O ódio pelo curso. O mais engraçado, é que queriam ser jornalistas. Sempre quiseram. Mas foi só degustarem a primeira semana de aula, perceberam que aquilo não os completavam. Mas estarem juntos, já bastava, era o suficiente para irem àquele lugar.

Alice e Ashley se conheceram primeiro. No dia do vestibular sentaram uma ao lado da outra. Ashley duvidou que Alice passaria, pois esta estava incrivelmente desesperada ao ponte de perguntar aos concorrentes nomes, e datas que havia esquecido. Mas Ashley estava enganada. Alice era um poço de inteligência, só não achava isso. Era simpatizante do anarquismo, vegetariana e se dizia Straight edge. Movia-se por ideais, bem, isso inicialmente. Era bonita, mas não sabia disso. "Garota estranha" pensava Ashley.

Mas Ashley não era tão normal assim. Era incrivelmente, estupidamente e incessantemente, neurótica. Tudo tinha que ser, como devia ser. Por ser assim, era a "Mãe" do grupo. A ordem é necessária, não é mesmo? Ria demais. Ria tanto, que desconfiavam que ela via duendes. Tinha uma beleza particular. Nunca estava sozinha, mas não sabia lidar muito bem com relacionamentos. Eles sempre acabavam mal.

Na primeira semana de aula conheceram Jack. A primeira vista Jack viu Ashley e pensou, "Que garota estúpida". Era gay, mas Ashley demorou um pouco para descobrir isso. Tinha Madonna como diva maior, e a música pop mandava no seu ipod. Odiava todo o mundo, ou talvez, o mundo não o entendia. Era engraçado. Seus comentários sempre eram seguidos por risadas. Adorava dançar "Music" nos corredores da faculdade.

Frederic, foi o último a entrar para o grupo. Já o conheciam, mas o achavam antipático. CDF demais. Passou em primeiro lugar no curso e parecia que vivia em uma bolha. Freud, Marx, Marshall Berman entre outros o rodeavam. Talvez fosse a pilha de livros que o escondia. Era fresco, fresco demais. O que facilmente nos levava a uma conclusão: gay. Mas ninguém o conhecia de verdade. Aos poucos, foi se tornando fácil perceber, que Frederic só queria que o descobrissem, só queria ser parte de alguma coisa. Era uma ótima pessoa, engraçada e com objetivos.

Mas como já foi dito, esse grupo passará por poucas e boas. Obra do destino? Talvez. Castigo de Deus? Quem sabe. Não percam essa história, pois de uma coisa estamos certos: as melhores coisas são feitas de 4.


terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

4 a.m

P.S: A pedido de Val e Vi.


4 a.m. A campainha toca no apartamento de Will. Cambaleando, ele sai resmungando, "Quem será a essa hora?". Abre a porta.
- Rachel? O que faz aqui a essa hora?
- Olha. Quero que fique calado e me escute.
- Mas...
- SILÊNCIO! Só eu falo agora, e pode ser aqui na porta mesmo. Bem, eu odeio quando num minuto você é um doce e depois se tranforma num grosso sem escrúpulos. Odeio quando você me faz chegar nos lugares primeiro que você. Odeio quando você me ignora completamente na internet, e quando está comigo me trata como só sua. Odeio o seu cabelo. Odeio a sua falta de educação, e quando fica arrotando do meu lado. Odeio a sua mania de se achar estrela e de acreditar que sabe tudo. Odeio a sua popularidade. Detesto escutar você se gabar de coisas que mereciam o contrário. Eu não quero saber com quem você trepou. Detesto imaginar que você tem outras além de mim. E... e... eu, eu, não quero nada com você, não é nada sério, claro, E VOCÊ ME IRRITA.
- Hum, você não quer entrar, tomar um chá, e depois a gente podia brincar...sabe...
- Aceito.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Escravidão

Você já reparou que tudo o que fazemos é seguir os padrões que nos são cobrados? Se você quer ser uma pessoa normal, sim. Termo este que já é padronizado.
Você nasce. Por volta dos seus 3 anos de idade, já perguntam, "E ai? Já vai para a escola?". Então começa a maratona:
Adolescência: "Cadê os namoradinhos?"
Juventude 1: "E a faculdade? Ta gostando?"
Juventude 2: " Vai formar quando?"
Juventude 3: " Já ta estagiando?"
Juventude 4: " Não vai trabalhar não?"
Adulto 1: " ta na hora de casar né?"
Adulto 2: " E os filhos? Vão ter?"
Adulto 3: " Mas só um? Precisa de um irmaozinho não?"
Adulto 4: " Já estão cuidando da aposentadoria?"

E então você se pergunta: Quando é que eu poderia ter dito o FODA-SE?

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Momento Jack Sparrow

Nesses meus últimos dias estava procurando coisas engraçadas na internet quando me deparei com nada mais, nada menos, Jack Sparrow (opss!!), Capitão Jack Sparrow! E gostaria de compartilhar com vocês as célebres frases desse ídolo inspirador! La vai!





"Eu sou desonesto. E pode-se sempre confiar num desonesto, porque vocês sabem que ele sempre será desonesto. Honestamente, são os honestos que devem ser vigiados. Porque nunca se sabe quando eles farão algo incrivelmente estúpido."

"Até uma boa decisão, se for tomada por motivo
s errados, pode ser uma má decisão."

"Se não tivermos a chave não podemos abrir aquilo que não temos com que abrir, então do que adiantaria encontrar aquilo que precisa se aberto, e que não
temos, sem primeiro encontrar a chave que o abra?"








"Ninguém se mexe! Meu cérebro caiu."

"Parem de fazer buracos no meu navio!"

"Complicações surgiram, continuaram e foram superadas."

"Sim, eu menti para você. Eu não amo você! E é claro que
isso deixa você gorda! Eu nunca estive em bruxelas, e a
pronúncia é 'N-O-T-Ó-R-I-O', falando nisso, não, eu não
conheci Pizzaro, mas ad
oro Pizzas, e tudo perde significado
em vista do fato que meu navio partiu outra vez, SAVYY?"




"Elizabeth: Todos tem seus momentos heróicos. Você nunca sentiu
vontade de fazer algo realmente certo?
- Eu gosto desses momentos! Adoro acenar pra eles quando
passam por mim."

"Elizabeth vestida de homem: Com licença.
- Sim, filho? Gostaria de se alistar a tripulação?
Elizabeth : Não! Vim aqui à procura do homem que amo.
- Desculpe filho, meu primeiro e único amor é o mar.
Elizabeth: - Eu estava falando de Will Turner. Jack: - Elizabeth?? Escondam o rum!!.......... Querida, essas roupas não valorizam você, devia usar vestidos ou nada, pena que não tenho vestidos na cabine! "

"Ela está a salvo como eu prometi, ela vai se casar com
Norrington como ela prometeu, e você tem que morrer
por ela como você prometeu. Somos todos homens de palavra,
exceto Elizabeth, que na verdade é uma mulher. "



"Eu tenho um jarro de terra, eu tenho um jarro de terra! E adivinha o que tem dentro?"

"Elizabeth, não teria dado certo entre nós dois..."

"É só deixar vocês sozinhos por um minuto e tudo vai por água a baixo!"

"Mas por que o Rum sempre acaba?"

"Por que eu confiaria em vocês??...Quatro já tentaram me matar, e só um conseguiu."








"Esse dia será lembrado como o dia em que vocês quase capturaram o capitão Jack Sparrow!"

sábado, 29 de janeiro de 2011

A carta


......... , .. de ......... de 20..


Alguns dizem que um sonho pode durar meros 4 segundos. Já outros afirmam ser impossível, ele acontece em tempo real. Sabe, isso para mim não importa. O que realmente importa é que nessa noite tive um sonho. Não foi como aqueles sonhos que você diz, "Ah ja tive antes!", e nem aqueles que você nunca mais quer ter. Odiei-me por ter acordado, pois a vontade era ter continuado nele, sabe o motivo? Você estava nele.
O melhor de tudo, é que você não me conhecia. Todo o tempo que passamos juntos havia se apagado. Era a chance, a nossa chance de começar novamente, sem erros nem medos.
Era a típica cena de filme hollywoodiano. Eu alí sentada na beira da praia com um turbilhão de pensamentos e você simplesmente passou correndo por mim. Tentei ir atras de você, mas nem consegui levantar. Detesto isso nos sonhos. Enfim, aconteceu uma coisa muito estranha. Você encontrou uma garota e a beijou. Mas não era qualquer garota, era eu. Como assim? Estavam felizes. Daqueles casais que enchem o saco por estarem felizes demais.
Foi então que me toquei. Aquilo já havia acontecido antes com a gente. Era o começo do nosso namoro, e eu já sabia o resultado final. Precisava definitivamente fazer alguma coisa. Mas eu não me movia. Não conseguia. Comecei a gritar, mas aquilo já estava ficando ridículo. Parei e pensei. Isso é um sonho e tudo o que eu fizer aqui, não mudará em nada nossas vidas. Elas continuarão com sua insignificância, com ou sem minha ajuda.
Deixei você e ela, passarem. Rindo. Senti um aperto no peito, e chorei. Acordei chorando, e lá estava você deitado do meu lado. Dormia profundamente. Foi isso que nos tornamos. Dois desconhecidos dividindo a mesma cama. Te abracei desesperadamente, desejando voltar para o sonho.
- Querido, eu te amo, amo tanto...tanto...
- Hummm...o que foi? Vai dormir...
- Você ainda me ama?
- Isso é hora de fazer essa pergunta? Me deixe dormir.
Você virou para o lado e voltou a dormir. Amor, pesso que ao ler essa carta, me entenda. Não se culpe pela atitude que tomei. Eu simplesmente não conseguia mais. Viver ao teu lado, e ao mesmo tempo estar sem você estava me matando aos poucos. Fomos tão felizes um dia. Tudo era engraçado. Tudo o que fazíamos juntos, até mesmo não fazer nada, era maravilhoso para mim.
Adoro o seu sorriso. Foi assim que me apaixonei por você. A primeira coisa que vi, foi seu sorriso. Nos ultimos anos ele se apagou para mim. Eu posso até entender. Fiquei velha não foi? Tem muitas meninas mais bonitas que eu.Mas aposto que elas, nunca te amariam como eu te amei.
Lembra daquele dia, quando tomavamos sorvete na pracinha e eu estava triste?Você me perguntou o problema, e eu disse o motivo? Fizemos um acordo lembra? Morreríamos juntos. Mas com o tempo fui percebendo que você não cumpriria o acordo. O seu amor por mim acabou. Não havia mais motivos.
Então eu tomei essa atitude sozinha. Acredito que nesse momento o veneno que coloquei em seu café já esteja fazendo efeito. Eu já terei tomado o meu. Querido me perdoe. Não me odeie pela eternidade. Mas viver sem seu amor, era pior que a morte. E eu não morreria sem você.
Te amo, e para sempre sua

A.